"Não preciso estar deputada para fazer política"
"Não preciso estar deputada para fazer política"

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Nesta quarta-feira, 6, a deputada federal Luciana Genro participou do programa Jornal do Almoço, da RBS TV, para falar de sua não-reeleição apesar da expressiva votação de quase 130 mil votos. Além da questão do coeficiente eleitoral, a parlamentar também falou de seu futuro política e da Lei das Inelegibilidades, que cassa seus direitos políticos enquanto seu pai, Tarso Genro, for governador.

Luciana agradeceu seus eleitores e aos de Roberto Robaina, presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, que concorria a deputado estadual. Roberto conseguiu cerca de 31 mil votos, votação similar a muitos eleitos. “Nosso sistema político é muito errado, pois as pessoas acham que estão votando na pessoa, mas na verdade votam no partido ou numa coligação. Eu fui a deputada não-eleita mais bem votada no Brasil. Acho que deve ser claro para a população que o voto é em lista – o que é complicado já que os partidos andam muito desacreditados -, ou ser voto pessoal.

O que mais preocupa a deputada no entando é a cassação de seus direitos políticos. “Tenho 16 anos, de mandato, primeiro como deputada estadual e depois como federal, e, em tese, estou impedida de concorrer. Estou trabalhando numa luta jurídica, pois a lei existe para evitar as oligarquias políticas. Não é meu caso. Eu e meu pai não somos do mesmo partido, não sou sombra do meu pai.”

Luciana garante que continuará atuando ativamente na vida política gaúcha. “Vou continuar fazendo política sem mandato. Não nasci deputada e não preciso estar deputada para fazer a política. Fui a segunda deputada mais votada em Porto Alegre e tenho uma representação a ser exercida.”

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