A semana vista pelo PSOL
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Yeda planeja destinar R$ 2 bilhões para o superávit primário em 2010

Nesta semana foi sancionado o orçamento do estado do Rio Grande do Sul para 2010. O governo estadual planeja fazer um superávit primário (ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida) de nada menos que R$ 2 bilhões. Esse dinheiro representa mais que todo o valor previsto para a segurança pública neste ano, ou 17 vezes o valor proposto pelo governo para a Consulta Popular em 2010. Esse valor também representa 11 vezes os gastos previstos para a assistência social em 2009.

A dívida do Rio Grande do Sul começou a crescer principalmente devido às altas taxas de juros do governo FHC. Ao final dos anos 1990, a maior parte dessa dívida foi assumida pelo governo federal e passou a aumentar devido à correção pelo índice IGP-DI, que desde então acumulou índice de 196% desde 1997, enquanto o IPCA foi de somente 119%.

Aposentadorias: governo não quer cumprir nem o acordo com as centrais

O ministro da Previdência anunciou nesta sexta-feira, 11, que somente estão disponíveis R$ 3 bilhões para o reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.  O que contraria até mesmo o acordo feito anteriormente com as centrais sindicais, de reajuste equivalente a 80% da variação real do PIB de 2008, o que resultaria em um reajuste de somente 4% acima da inflação. Os R$ 3 bilhões somente garantiriam 50% do aumento do PIB, resultando num reajuste mais irrisório ainda: de 2,5% acima da inflação.

Enquanto os aposentados têm de lutar muito para obter migalhas do orçamento, centenas de bilhões de reais são gastos no pagamento da dívida pública. Tais reajustes propostos pelo governo são irrisórios frente às perdas históricas dos aposentados, que também sofrem com o fator previdenciário, criado pelo governo FHC, e que o governo Lula se recusa a extinguir.

PIB deve cair em 2009

O IBGE divulgou ontem que o PIB do terceiro trimestre deste ano cresceu somente 1,3% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2008, houve queda de 1,2%. Ou seja: o nível de atividade econômica ainda está abaixo do observado no ano passado.

Dessa forma, o mais provável é que o PIB caia neste ano. Interessante ressaltar que, de acordo com a fórmula para as aposentadorias, negociada pelo governo com as centrais sindicais, não haverá nenhum aumento em 2011.